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girl on film

by ana sofia santos

07
Out25

Opinião | "The Day of the Jackal": espionagem em estado de arte

A reinvenção do clássico com classe, sofisticação e frieza

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- Atenção: o texto que se segue pode conter spoilers! -

 

A série britânica The Day of the Jackal (2024) é uma reinvenção sofisticada do clássico de espionagem de Frederick Forsyth, transformada agora num thriller televisivo de alto nível que alia estética, precisão narrativa e uma profunda consciência do tempo presente. Ao optar pelo formato seriado, esta adaptação recupera o fôlego psicológico da obra literária, permitindo maior profundidade narrativa e uma abordagem contemporânea à espionagem global.

Publicado em 1971, The Day of the Jackal tornou-se um marco do thriller político moderno. O romance, construído com rigor quase jornalístico, narra a tentativa fictícia de assassinato do presidente francês Charles de Gaulle por um assassino contratado por uma organização extremista. Em 1973, Fred Zinnemann realizou a primeira adaptação cinematográfica, protagonizada por Edward Fox, aclamada pela sua precisão narrativa e suspense meticuloso. Em 1997, surgiu uma versão alternativa intitulada The Jackal, com Bruce Willis e Richard Gere, que reinventou a história num registo mais comercial e centrado na ação. A versão de 2024, produzida para televisão, honra o legado literário e cinematográfico, mas ousa reinventar com estilo e inteligência.

A série é conduzida por uma equipa de realizadores experientes — Brian Kirk, Anthony Philipson, Paul Wilmshurst e Anu Menon — que imprimem à narrativa uma linguagem visual contida, elegante e profundamente atmosférica. A realização privilegia o silêncio, os gestos mínimos e os olhares calculados, criando uma tensão que se constrói mais pela sugestão do que pela exposição. A câmara move-se com precisão, quase sempre ao serviço da psicologia das personagens, evitando o excesso e apostando numa estética de espionagem clássica com fôlego contemporâneo.

A produção executiva é liderada por Gareth Neame (Downton Abbey), Nigel Marchant, Sue Naegle, Marianne Buckland, Ronan Bennett (também criador da série), Eddie Redmayne e Lashana Lynch. O investimento na qualidade técnica é evidente em cada episódio, desde os cenários reais em capitais europeias até à escolha de figurinos e adereços que reforçam a autenticidade da intriga.

A banda sonora original, composta por Volker Bertelmann (vencedor do Óscar por All Quiet on the Western Front), é um dos grandes trunfos da série. A música acompanha a narrativa com subtileza e tensão, sem se sobrepor à ação. O tema do genérico, "This Is Who I Am", interpretado por Celeste e produzido pelo colectivo Beach Noise, estabelece uma identidade sonora cinematográfica e sofisticada, evocando os clássicos temas da saga Bond com uma elegância soul contemporânea.

 

 

28
Jul16

Eddie Redmayne | Protagonista de uma curta PRADA



O vencedor do Óscar, Eddie Redmayne foi eleito (no mês passado) pela Prada para ser protagonista da Campanha Outono-Inverno 2016 fotografada por Craig McDean. Agora, a Casa de Moda italiana revelou o vídeo da Campanha realizado pelo fotografo, por Masha Vasyukova e DJA. A música escolhida como banda sonora é End Up Apart de Hiram Martinez.








14
Jun16

Eddie Redmayne por Craig McDean | PRADA. Outono/Inverno'16



Depois de Tye Sheridan, Michael Shannon, Ethan Hawke, Ansel Elgort, Gary Oldman, Willem Dafoe, Jack O’Connell e Miles Teller, a PRADA recrutou Eddie RedMayne para ser o protagonista da Campanha Outono/Inverno 2016. O vencedor do Óscar foi fotografado por Craig McDean

Diz a press release da marca: "The present moment presents itself as a theatre of history. Prada’s Fall/Winter 2016 Menswear campaign performs this idea in a suite of striking portrait allusions. One of contemporary cinema’s most celebrated actors Eddie Redmayne takes centre stage. Redmayne is no stranger to immersing himself in historically significant characters. His lead roles have won him Tony and Olivier awards for the play Red and an Oscar for The Theory of Everything. Following his Oscar-nominated role in The Danish Girl, later this year sees the anticipated release of JK Rowling’s Fantastic Beasts and Where to Find Them, in which Redmayne stars. Redmayne, here, assumes a number of roles  hero, villain, revolutionary either against a neutral grey background, or a rich red split by a romanticist view of idealized nature. The poses are strident and statuesque. They echo the mannerisms of protagonists in great museum collections or epic literature, makers of history and cultural memory."








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